sábado, 27 de fevereiro de 2010

Eugenio de Andrade


Poema XVIII

Impetuoso, o teu corpo é como um rio

onde o meu se perde.

Se escuto, só oiço o teu rumor.

De mim, nem o sinal mais breve.

Imagem dos gestos que tracei,

irrompe puro e completo.

Por isso, rio foi o nome que lhe dei.

E nele o céu fica mais perto.

Eugénio de Andrade . Terra Natal Atalaya, BEIRA BAIXA